Goiás, 7 de agosto de 2025
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Padre que atuou como servidor fantasma vai devolver R$ 1,4 milhão aos cofres públicos

Ministério Público de Goiás firmou acordo com o religioso, que recebeu salários por quase duas décadas sem trabalhar na Alego

Divulgação/Alego

O padre Luiz Augusto Ferreira da Silva terá que devolver R$ 1.397.086,14 aos cofres públicos após firmar um acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO). A medida ocorre após investigações apontarem que o religioso ocupou um cargo fantasma na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) durante quase 20 anos. O valor será pago em 48 parcelas. O padre também deverá quitar uma multa de R$ 46,5 mil, parcelada em dez vezes.

As apurações do MP indicaram que o padre, mesmo afastado das funções desde 1995, continuou a receber salários mensais de mais de R$ 11 mil, acumulando um patrimônio considerado indevido. A nomeação na Alego ocorreu em 1980 e o vínculo só foi encerrado oficialmente em 2015, após decisão judicial que também determinou o bloqueio de seus bens.

Além do padre, outros envolvidos também fecharam acordos com o MP. Entre eles, Euclides de Oliveira Franco, ex-chefe do religioso na Assembleia, e o Sindicato dos Servidores da Casa, que vão devolver cerca de R$ 84 mil cada. Até agora, mais de dez pessoas firmaram acordos com o órgão. Apenas um dos réus não aceitou a proposta de ressarcimento.

O acordo encerra as ações civis em andamento e foi homologado em julho deste ano. O MP recorreu ao instrumento de não persecução cível para evitar judicializações prolongadas.

Atualmente, o padre está aposentado do serviço público e lidera a Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, em Aparecida de Goiânia. A instituição declarou que não irá se manifestar sobre o caso.

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