Estudo liga uso de emojis à inteligência emocional e ao tipo de vínculo afetivo

Um novo estudo da Universidade de Indiana, publicado na revista Plos One, indica que o uso de emojis está diretamente relacionado à inteligência emocional e ao tipo de vínculo estabelecido em relacionamentos interpessoais.

A pesquisa foi realizada com 320 adultos, com média de 30 anos de idade, e investigou o uso de emojis em conversas, além de traços emocionais e tipos de apego dos participantes. Os dados apontam que pessoas emocionalmente seguras são as que mais usam essas figuras, buscando manter uma comunicação empática e acolhedora.

Foram analisados três perfis de apego: o evitativo, caracterizado por distanciamento emocional; o ansioso, marcado pelo medo da rejeição; e o seguro, que expressa confiança e estabilidade emocional. O grupo seguro demonstrou maior frequência no uso de emojis. Já os demais mostraram resistência ao uso, especialmente em fases iniciais de relacionamento.

O levantamento revelou ainda que as mulheres usam emojis mais do que os homens. Os pesquisadores destacam, no entanto, que o perfil do público participante — majoritariamente branco, heterossexual, casado e com alto nível de escolaridade — representa uma limitação do estudo.

Os autores reforçam que emojis não são apenas decorações em mensagens. Sua utilização pode indicar níveis de empatia, abertura emocional e capacidade de comunicação, características essenciais em uma sociedade cada vez mais digitalizada.