Política
Dilma Rousseff vai receber R$ 100 mil de indenização após ser reconhecida como vítima da ditadura
Comissão de Anistia oficializa perseguições e torturas sofridas pela ex-presidente durante o regime militar.

A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos aprovou, nesta quarta-feira (22), por unanimidade, a concessão de anistia política à ex-presidente Dilma Rousseff. A decisão reconhece oficialmente as perseguições, prisões e torturas sofridas por ela durante o regime militar, entre 1964 e 1985.
Além do reconhecimento, a comissão determinou o pagamento de uma indenização de R$ 100 mil, em parcela única — o valor máximo permitido por lei. O relator do caso, Rodrigo Lentz, destacou o simbolismo da decisão como um ato de memória, reparação e compromisso com a democracia.
Dilma foi presa entre 1970 e 1972, quando integrava o grupo VAR-Palmares. Na prisão, foi vítima de diversas formas de tortura, como choques elétricos, pau-de-arara, afogamento e violência ginecológica. A ex-presidente também foi expulsa da universidade e demitida de um cargo público no Rio Grande do Sul.
Apesar de ter sido reconhecida como anistiada em nível estadual em quatro estados, a reparação federal só foi concedida agora, após um recurso apresentado contra a decisão negativa do governo Bolsonaro em 2022.

Envie seu comentário